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Os inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) usarão uma linha de emergência, chamada de "telefone vermelho", para comunicação com as autoridades iraquianas para solucionar o mais rapidamente possível qualquer problema que acontecer durante as inspeções que serão retomadas na próxima quarta-feira.
A linha de emergência será estabelecida entre o Centro de Inspeção e Verificação de Bagdá (Bomvic, na sigla em inglês) e o Organismo de Controle Nacional, do lado iraquiano, informou Hiro Ueki em coletiva de imprensa na sede da ONU em Bagdá.
A adoção da linha telefônica foi decidida nas discussões da semana passada com os chefes dos inspetores, Hans Blix e Mohammed El-Baradei. Com com esta decisão, os funcionários querem evitar a repetição dos incidentes durante a agitada missão de fiscalização no Iraque, entre 1991 e 1998.
Às vésperas do início da inspeção, o ministro das Relações Exteriores do Iraque, Naji Sabri, enviou uma
longa carta à ONU reclamando dos detalhes da
resolução do Conselho de Segurança da organização, que exigem a realização de inspeções irrestritas para determinar se o país possui arsenais químicos, biológicos ou nucleares. No documento de 15 páginas, endereçado ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, Sabri diz que o cumprimento da resolução e os procedimentos por ela estabelecidos contradizem a lei internacional, na opinião do Iraque.
Sabri argumenta que há alegações infundadas de que, no passado, o Iraque dispôs armas de destruição em massa em formação de combate. Ele também afirma que uma possível operação militar contra o país só poderia ser empreendida com o aval do conselho da ONU.
Um porta-voz da ONU informou que uma equipe da organização está dando continuidade aos preparativos para as inspeções. Trinta e oito funcionários da organização estão instalando computadores, aprontando veículos e montando os laboratórios a serem usados pelos inspetores. A ONU também está tentando incluir mais árabes na equipe de inspetores. Dos 300 listados, seis são jordanianos e um é marroquino.
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