| 21/08/2007 07h39min
Não é sempre que centroavante vira celebridade quando estréia sem marcar gol. Mas foi o que aconteceu com Marcel. Ontem, na reapresentação após os 2 a 0 sobre o Paraná, o filho de preparador de goleiros do interior paulista recebeu incentivo da torcida que assistiu ao treino. Como se fosse ídolo.
E também cansou de dar entrevistas. Como Tuta recebeu o terceiro cartão amarelo é certo Marcel enfrenta o Fluminense, sábado. O fato de Mano Menezes prometer seqüência ao novato acionou ainda mais os holofotes. Nada de novo.
Depois de empilhar gols no Coritiba, Marcel transferiu-se para o Suwon Samsung. Recebia dos sul-coreanos bom salário e cachê por gol marcado. Era popstar, mas os estádios vazios e a baixa qualidade do campeonato o incomodavam. Tentou o Benfica, dono de seus direitos federativos, e depois o fracassado empréstimo ao São Paulo.
– Quero marcar gols pelo Grêmio, é só o que me interessa. Meu pai sempre me pergunta, depois do jogo, se marquei gol. Ele tem razão: entre jogar bem e fazer gol, prefiro a segunda opção. Se eu jogar mal e marcar gol, acho uma maravilha – afirma Marcel, filho de Marco Ortolan, treinador de goleiros do Rio Preto, promovido à primeira divisão paulista.
Falante e sem o usual receio de avançar no que diz, Marcel não ficou em cima do muro na hora de responder se prefere Everton ou Ramon como parceiro de ataque no sábado - Carlos Eduardo está suspenso.
– Ah, prefiro atacante de movimentação (Everton) pelos lados. Casa melhor com o meu jogo, que é mais de área – avisou Marcel.
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