Os inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentaram nesta terça, dia 26, os equipamentos de ponta de que disporão para fazer uma varredura no país de Saddam Hussein. Serão radares que examinam o subsolo e detectores de isótopos radiativos, além de laboratórios portáteis. Os técnicos mandaram um recado para o governante do Iraque, lembrando que, agora, nem os palácios presidenciais serão poupados da busca por armas de destruição em massa.

O trabalho deve ser iniciado nesta quarta, depois de quatro anos de intervalo. A ONU ingressa em território iraquiano com equipamentos mais avançados e precisos, que não existiam em 1998, e com um mandato mais forte. A iminência de guerra, embora as portas de Saddam estejam abertas, é presente:

– Acho que a guerra é evitável declarou o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, ao jornal francês Le Monde. – É evitável se o presidente Saddam Hussein honrar seus compromissos e cooperar plenamente com os inspetores – avaliou.

Annan estima que se o presidente do Iraque acatar as medias da ONU, a inspeção no território pode estar concluída em um ano.

Os inspetores deixaram o Iraque em 1998 reclamando de falta de cooperação das autoridades, especialmente porque eles eram proibidos de entrar nos "locais presidenciais", nos quais as armas poderiam estar escondidas. Os funcionários da ONU não quiseram dizer aonde irão nesta quarta. Mas se sabe que os inspetores voltarão a locais que já inspecionados antes de 1998 e buscarão também novos pontos suspeitos, identificados em fotos de satélite.

Cerca de 20 toneladas de equipamentos já chegaram ao Iraque. Até meados de dezembro, os inspetores devem ter também helicópteros para facilitar seu deslocamento. A imprensa não poderá acompanhar os serviços.

As informações são da agência Reuters.