O ex-chefe de design da McLaren, Mike Coughlan, disse estar arrependido de ter se apropriado de um documento com informações privilegiadas a respeito da Ferrari, que lhe chegou às mãos através do ex-engenheiro do time de Maranello, Nigel Stepney.

– Eu sinceramente me arrependo das minhas ações, de aceitar a informação vinda de Stepney. Eu posso observar agora como eu deveria ter agido de forma muito diferente, mas ao mesmo tempo me vi em uma posição desconfortável e difícil. Minha indecisão do qual seria o melhor negócio me fez falhar e me apropriar de tudo – disse o inglês, pedindo desculpas por seus atos.

Um dos pivôs do escândalo de espionagem que vem abalando a Fórmula-1 nos últimos meses, o inglês se viu em maus lençóis quando a polícia de seu país encontrou em sua casa um dossiê de 780 páginas com detalhes sobre o carro da Ferrari. Suspenso no ato pela McLaren, Coughlan pode, no julgamento desta quinta, em Paris, ser proibido de voltar a trabalhar pela categoria.

– Eu quero pedir desculpas à Ferrari. Minha paixão e entusiasmo pela profissão de engenheiro de design de carros de corrida me causou uma fraqueza de juízo diante das minhas negociações com o Sr. Stepney. Estou enormemente arrependido pelo desconforto que causei para a McLaren. Posso honestamente dizer que o time não recebeu nenhum benefício em relação ao carro ou em qualquer outro aspecto de performance e, que não usou nenhum material dos documentos – garantiu Coughlan.

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