O presidente Saddam Hussein disse nesta quinta, dia 5, em seus primeiros comentários sobre as inspeções de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) desde que equipes do órgão retornaram ao país, que estava pronto para dar uma chance aos enviados para provar que o Iraque não possuía armas proibidas.

– A base (para aceitar a resolução da ONU)...é livrar nosso povo do perigo em meio a uma situação internacional na qual alguns podem alegar que nós (o Iraque) não demos a eles (os inspetores) uma chance apropriada para refutar as alegações americanas de que o Iraque produziu armas de destruição de massa durante o período de ausência dos inspetores – afirmou em declarações exibidas pela televisão do país.

Nessa quarta, dia 4, o vice-presidente do Iraque, Taha Yassin Ramadan, dissse que os Estados Unidos continuam dispostos a entrar em guerra e pediu a presença de monitores independentes fiscalizando o trabalho dos inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo a rádio BBC, Ramadan fez essas declarações após um discurso em que acusou os inspetores de serem espiões dos Estados Unidos e de Israel.

Nas declarações à BBC, Ramadan disse que os Estados Unidos estão dispostos a ir à guerra contra o Iraque independentemente das descobertas dos inspetores da ONU.

– A política norte-americana conosco é muito infantil. O presidente, o vice-presidente, o chanceler, a imprensa, estão todos tocando os tambores da guerra. Dá a impressão de que os norte-americanos estão procurando a agressão. Pela lógica norte-americana, a guerra é inevitável.

As informações são da agência Reuters.