Por causa das filas que se formaram nas seções eleitorais argentinas e o conseqüente atraso no pleito, o horário de comparecimento às urnas foi esticado das 18h para as 20h neste domingo, anunciou o governo do país.

Houve denúncias de falta de cédulas em algumas mesas da capital e na província de Buenos Aires, os principais distritos eleitorais do país. A Justiça Nacional Eleitoral declarou aberto o pleito às 8h locais (9h de Brasília), embora algumas das quase 74 mil mesas tenham registrado atrasos no início das votações devido à falta de autoridades.

Entre os incidentes de hoje, destaca-se a prisão de um membro do "kirchnerista" Frente para a Vitória que tentou votar duas vezes em uma escola da cidade de Adrogué, na província de Buenos Aires. Os argentinos compareceram para votar no próximo presidente do país em um pleito de acento marcadamente feminino, no qual a atual primeira-dama Cristina Kirchner é a grande favorita. Também estão em disputa mais de 400 cargos nacionais e provinciais.

Eleição tem acento feminino

A atual eleição — a sexta consecutiva desde o retorno da democracia à Argentina, em 1983 — tem três candidatas à presidência, de um total de 14. Duas delas ocupam respectivamente o primeiro e segundo lugares nas pesquisas de intenções de voto, Cristina e Elisa Carrió.

Quase todas as pesquisas dão a vitória a Cristina no primeiro turno. Para tanto, ela precisa obter hoje 45% dos votos ou 40% mais dez pontos percentuais sobre o segundo candidato mas votado.

Segundo o responsável pelo órgão nacional eleitoral, Alejandro Tullio, às 14h (horário de Brasília), na metade do horário disponibilizado para as votações, 30% dos cerca de 27 milhões de eleitores argentinos haviam votado. O voto é obrigatório no país.