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 | 07/11/2007 18h04min

Protestos na Venezuela deixam seis estudantes feridos

Para passeata de hoje, jovens e ministro se comprometeram a não usar violência

Pelo menos seis estudantes universitários ficaram feridos e mais de 30 foram detidos em três regiões da Venezuela, durante os protestos contra a reforma constitucional promovida pelo presidente Hugo Chávez. Representantes dos jovens disseram que os alunos eram da Universidade Pedagógica Experimental Libertador (UPEL), em Barquisimeto, no estado de Lara, oeste do país, e que ficaram feridos após um confronto com a polícia. O líder estudantil de Lara, Alberto Montes, não revelou a gravidade das lesões dos estudantes. Eles teriam sido repelidos com "gás lacrimogêneo, jatos d'água e pedras" pelos policiais.

A imprensa venezuelana disse que nos protestos de Barquisimeto foram detidos cinco estudantes. Quatro deles foram libertados. Já as fontes estudantis acrescentaram que 36 universitários do estado de Táchira foram detidos nesta terça-feira, durante os protestos. Segundo a imprensa, ainda ontem foram libertados 22 deles. Nem a polícia de Táchira nem a promotoria comentaram as detenções.

Em Caracas, grupos de estudantes de duas universidades privadas, Monteávila e Católica Andrés Bello, bloquearam o trânsito em duas importantes estradas do país. Os manifestantes, que protestavam também contra a "repressão" policial da qual dizem ser vítimas, se retiraram das pistas pacificamente.

Na última semana, vários protestos estudantis contra a reforma constitucional, tanto em Caracas como em outras cidades do país, terminaram em escaramuças com a polícia. O movimento estudantil de oposição convocou para esta quarta-feira uma passeata em Caracas, até a sede do Supremo, no centro da cidade. Os manifestantes vão pedir aos juizes a suspensão do referendo sobre a reforma, convocado para 2 de dezembro.

O ministro do Interior, Pedro Carreño, e dirigentes estudantis de oposição se comprometeram em manter "as manifestações de protesto sem violência". No domingo, Chávez acusou os estudantes de "violentos e terroristas". Ele sugeriu que as autoridades de Caracas "avaliassem" as permissões para manifestações.

EFE
 
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