A Polícia Federal (PF) apresentou na tarde desta segunda-feira, em Porto Alegre, a maleta utilizada para levar dinheiro para a propina dos envolvidos na fraude do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O objeto foi levado à Superintendência da PF pelo advogado de Rubem Höher, sócio da empresa Doctus, terceirizada pela Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae) e contratada pelo Detran. A maleta, do tipo que se leva notebook, havia sido filmada por investigadores e houve acordo para que fosse entregue à PF. Höher foi preso temporariamente, mas está em liberdade.

Entenda como funcionava o esquema

A PF também divulgou a apreensão de R$ 175 mil, realizada em outra empresa envolvida no esquema. Segundo o procurador no Ministério Público Federal Ivan Claudio Marx, o dinheiro era levado na maleta nos últimos três meses para um flat na Capital, onde haveria uma divisão do valor.

Na quarta feira todos os depoimentos terão sido tomados. Seis pessoas seguem presas por envolvimento no esquema, incluindo Lair Ferst, que foi desligado do PSDB até que a denúncia seja apurada. Ele era membro do diretório estadual do partido.