O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), afirmou nesta segunda-feira que a proposta de emenda constitucional que prorroga a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação (CPMF) será votada impreterivelmente amanhã.
— Não vejo razão para se adiar a votação — declarou o senador petista, acrescentando que o governo "já tem os 49 votos" necessários para aprovar a emenda.
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Após afirmar que o governo já conta com os votos necessários, o presidente interino não quis entrar em detalhes sobre as negociações que levaram a esse total e se recusou a mencionar nomes de senadores, principalmente da base aliada, que vinham resistindo a apoiar a emenda e teriam agora cedido às pressões do Palácio do Planalto. De acordo com
Viana, nem o acidente sofrido pela líder do governo no Congresso,
senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) — que sofreu uma queda, quebrou o braço e foi submetida a uma cirurgia de emergência em Brasília — será motivo para o Senado adiar a votação da CPMF.
— Qualquer coisa, ela pode ser substituída por seu suplente ou, então, ir até o Senado só para votar — disse Viana, acrescentando que, se depender dele, a emenda da CPMF será votada amanhã. — Se a base quiser adiar, vai ter de obstruir: é só não colocar 41 senadores no plenário. Mas não sairá de mim esse adiamento, até porque quem não conseguir votos até amanhã mostra sua fragilidade e seus limites — afirmou o petista na sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, onde defendeu, em debate, a realização da reforma política.
Agência Estado