| 17/12/2007 16h42min
O fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) é uma boa oportunidade para que o governo pense numa redução paulatina de impostos, na avaliação do presidente da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), Manoel Felix Cintra Neto. Ele lembrou que a arrecadação de impostos aumentou nos últimos anos com o crescimento da atividade econômica e com a formalização das companhias e argumentou que essa elevação cria um ambiente mais propício da redução da carga tributária.
— O Brasil é o segundo país em numero de IPOs (ofertas iniciais de ações) neste ano e uma empresa só entra na bolsa se trabalhar na economia formal — alegou.
De acordo com o presidente da BM&F, se eventualmente o governo decidir elevar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), haverá um aumento dos custos para as empresas utilizando hedge (proteção), que atualmente representa 70% em média das operações da BM&F.
— Uma empresa pode deixar de
fazer seguro se o importo for muito
alto, mas não creio que chegaremos a esse ponto — comentou.
A expectativa de Cintra Neto é a de que o governo vá adaptar o Orçamento à nova realidade sem CPMF. Ele disse que se uma das finalidades do imposto é ser um instrumento de fiscalização da sonegação é válido que o governo mantenha esse sistema, mas sem sua cobrança.
— Alega-se o sigilo bancário, mas hoje os bancos enviam as transações financeiras à Receita Federal. Então, basta aprovar no Congresso abertura desses dados para o fisco — sugeriu, se manifestando contra a cobrança de uma alíquota simbólica de CPMF, de 0,01%, por exemplo. — Temo que numa pernada essa contribuição possa aumentar — disse Cintra Neto, que participou nesta segunda-feira do seminário Reavaliação do Risco Brasil, organizado pelo Centro de Economia Mundial, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo.
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