| 17/12/2007 21h26min
Um juiz de Miami deu nesta segunda-feira prazo de 48 horas para que a promotoria apresente mais provas que impeçam a liberdade sob fiança do uruguaio Rodolfo Edgardo Wanseele Paciello, de 40 anos, acusado de conspirar como suposto agente a serviço da Venezuela. Ele compareceu hoje ao tribunal para responder sobre a suposta conexão com Guido Antonini Wilson, reclamado pela justiça argentina por tentar entrar no país com US$ 800 mil em agosto passado.
William Turnoff, juiz encarregado do caso, concedeu a Paciello o benefício de sair da prisão preventiva pagando uma fiança de US$ 150 mil. No entanto, decidiu atrasar a medida, à espera de que a promotoria apresente mais dados e apele da decisão.
O chanceler uruguaio, Reinaldo Gargano, uniu-se hoje à posição de Argentina e Venezuela de classificar como "esquema armado com fins políticos" a detenção nos Estados Unidos de três venezuelanos e o uruguaio. Ele considerou "assombroso" e "insólito" que o Departamento de Justiça
americano tenha "demorado
cinco meses" em detectar que os detidos na última terça-feira em Miami eram "agentes" a serviço do governo de Hugo Chávez.
Gargano disse que essas detenções parecem uma manobra "armada para desacreditar uma pessoa eleita por meio de um sistema transparente e claro", já que os EUA alegam que o dinheiro seria para a campanha da presidente Cristina Kirchner. Ele indicou que o tema não foi debatido na reunião de ministros das Relações Exteriores do Mercosul realizada hoje em Montevidéu, embora tenha admitido desconhecer se Cristina falará sobre o assunto no encontro entre os presidentes do bloco, previsto para amanhã.
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