| 28/12/2007 19h51min
Pelo menos 32 mortes foram registradas nas últimas horas no Paquistão, durante manifestações de protesto contra o assassinato da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, sepultada nesta sexta-feira em sua cidade natal, Karachi. Pelo menos seis pessoas morreram em um atentado a bomba contra a sede do partido do presidente Pervez Musharraf, entre elas um candidato às eleições legislativas, marcadas para o próximo dia 8. As outras mortes foram causadas por disparos de franco-atiradores e também por enfrentamentos entre membros do Partido Popular do Paquistão (PPP), da ex-premiê, e seguidores do presidente paquistanês.
Em Karachi, uma multidão saqueou e incendiou três bancos e enfrentou a tiros a polícia. Três policiais uniformizados foram feridos nos choques. Em Multán, cerca de 7 mil pessoas saquearam sete bancos e vários estabelecimentos comerciais e também enfrentaram a polícia, que usou gás lacrimogêneo para afastar os manifestantes.
Na capital, Islamabad, cerca de cem
manifestantes colocaram
fogo em garagens no centro da cidade. Vários pontos da capital estavam quase desertos — o comércio fechou as portas e os serviços de transporte coletivo foram interrompidos, o que deve continuar durante os três dias de luto oficial pela morte de Benazir.
Depois do assassinato da ex-premiê, a polícia paramilitar do sul do Paquistão recebeu autorização para atirar nas pessoas que provocarem distúrbios no país, disse o porta-voz policial, major Asad Ali.
Protestos após a morte da ex-premiê levaram a choques entre grupos rivais e a polícia
Foto:
Naeem Ul Haq, EFe
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