| 29/12/2007 13h58min
Os distúrbios registrados no Paquistão, principalmente na província sudeste de Sindh, desde o assassinato da líder opositora Benazir Bhutto, deixaram 38 mortos e 53 feridos, informou o porta-voz do Ministério do Interior paquistanês, Javed Iqbal Cheema. Em entrevista coletiva, Cheema afirmou que a onda de violência causou perdas milionárias em propriedades destruídas pelos manifestantes, mas qualificou como "satisfatória" a segurança no país.
— Os criminosos estão se aproveitando da tensa situação — disse o porta-voz.
Ele ainda afirmou que 174 bancos, 34 postos de gasolina, 765 comércios e 72 vagões de trem foram incendiados nos distúrbios registrados no Paquistão. No entanto, os números do porta-voz contrastam com os oferecidos pouco antes pelas autoridades do Interior da província de Sindh, que registrou 44 mortos só nessa região, e que 13 bancos, 27 postos de gasolina e 600 veículos foram incendiados na cidade de Karachi.
As manifestações
mantêm Sindh isolada do resto do país, com
todas as linhas de ferrovias cortadas, as lojas e postos de gasolina fechados e constantes focos de violência nas ruas. A empresa nacional de ferrovias pediu hoje que o exército e os "rangers" (paramilitares) mobilizem suas tropas para proteger as ferrovias.
Pouco antes, o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, tinha presidido uma reunião com altos funcionários do governo e responsáveis do exército e dos corpos de segurança, aos quais ordenou atuar "com firmeza" para restabelecer a ordem no país.
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