Apesar de ainda não haver certeza quanto à disponibilidade da rota tradicionalmente utilizada pelo Rali Dacar, o governo da França promete empenho para que o local da prova não seja alterado em 2009. Após 30 anos de competição ininterrupta, ameaças terroristas na Mauritânia impediram a realização do evento desta temporada.

– Faremos de tudo para que a edição de 2009 ocorra – informou nesta quinta-feira o ministro dos esportes francês, Bernard Laporte. Ele adiantou que pretende se encontrar nesta sexta com representantes da ASO, empresa que organiza o evento, para negociar.

Para defender sua proposta de manutenção do local, Laporte argumenta que, se a competição deixar o continente africano, não seria mais o verdadeiro Dacar.

– É o rali mais bonito do mundo e um patrimônio do esporte da França e da África – bradou.

Entretanto, o presidente da ASO, Patrice Clerc, prefere adotar a cautela.

– Não deixaremos a África – ele afirmou ao diário francês L’Equipe antes de começar a fazer ressalvas.

– Dentro de pouco tempo, iremos ao continente falar sobre o futuro. Mas deixo claro que não correremos sem segurança. O planeta é grande o suficiente para fazer de 8 a 10 mil quilômetros em 15 ou 20 dias em áreas arenosas.

Clerc afirmou que outras zonas desertas na África ou em outros continentes podem servir como uma rota alternativa. De olho em sediar o Dacar está o governo chileno, que inclusive já planeja enviar uma proposta à ASO na próxima semana.

GAZETA PRESS