Volátil, o índice Bovespa (Ibovespa) acompanha os mercados internacionais e opera em forte queda, próximo do nível dos 53 mil pontos. Em São Paulo, a mínima chegou a -3,82, a 53.953 pontos, às 11h37min. Porém, o Ibovespa recuperou parte das perdas e caía 3,57%, a 54.095 pontos, às 12h02min (de Brasília). Na Europa, a Bolsa de Londres recuava 2,66% e a de Paris caía 3,71%, no mesmo horário.

Segundo alguns analistas, os mercados demoraram para avaliar os problemas gerados pela crise das hipotecas de segunda linha (subprime) nos Estados Unidos, iniciada em meados do ano passado. O tradicional otimismo de final de ano contribuiu para que o Ibovespa fechasse 2007 com alta de 43,65%, no quinto ano de alta.

Ontem, os mercados tiveram uma influência positiva com o corte de juros anunciados pelo Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), mas o otimismo durou pouco. Hoje, os operadores acordaram na Europa esperando cortes de juros também na região, o que não ocorreu, e as bolsas voltaram a cair.

Ações

O quadro internacional deixa novamente pouco espaço para que ações reajam a notícias corporativas. A lista de maiores altas do Ibovespa estava vazia por volta das 12h, uma vez que todas as ações que compõem o índice operavam em queda.

As blue chips Vale do Rio Doce e Petrobras caíam, mas não eram responsáveis pela derrubada do índice. Vale recuava em linha com o mercado, com perdas de 3,51%, e Petrobras caía menos: -2,38%, ainda refletindo as boas notícias da descoberta da reserva de gás de Júpiter, na Bacia de Santos, anunciada na noite de segunda-feira.

As maiores baixas do Ibovespa, às 12h01min, estavam com as ações ordinárias (ON) da Cyrela Participações (-7,04%), seguidas pelas ações preferenciais (PN) e ON da operadora de telefonia móvel Tim, que recuam 6,67% e 6,40%, respectivamente. No setor de mídia e entretenimento, os papéis PN da Net descem 6,39%.