| 12/02/2008 02h43min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está na capital do Amapá, seguirá nesta terça-feira para a cidade de Oiapoque, de onde viajará de barco para São Jorge do Oiapoque, já na Guiana Francesa, a fim de se encontrar com o presidente francês Nicolas Sarkozy. Os dois deverão discutir temas como maior cooperação e a coordenação de trabalhos conjuntos na faixa de fronteiras marítimas e terrestres entre o Brasil e a Guiana Francesa.
Estarão em pauta, ainda, assuntos como biocombustíveis, parcerias no campo nuclear e nas áreas de ciência e infra-estrutura, além de Defesa. Após a reunião, na sede da prefeitura local, Lula e Sarkozy apresentarão a maquete do projeto da ponte rodoviária que será construída sobre o Rio Oiapoque, ligando o Amapá à Guiana Francesa. A previsão inicial é de que a ponte, de cerca de 400 metros de extensão, custe em torno de R$ 38,6 milhões e seja inaugurada em 2010.
O custo será dividido igualmente entre Brasil e França. A obra foi definida em
acordo assinado em julho
de 2005, promulgado pelo governo brasileiro em novembro de 2007 e aprovado pelo Parlamento francês em março de 2007.
Segundo informou na sexta-feira o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, ainda estão sendo discutidos os termos da licitação internacional para a execução da obra e realizadas as sondagens geológicas e os estudos de impacto ambiental. Foram constituídas duas comissões técnicas intergovernamentais para levar o projeto adiante.
— A ponte sobre o Oiapoque é exemplo da prioridade que o Brasil tem atribuído à integração física da América do Sul. A integração é esforço coletivo dos países da região e cria oportunidades para investimentos e projetos conjuntos — disse Baumbach aos jornalistas.
Ele ainda informou, na ocasião, que a aquisição de um submarino nuclear francês pelo Brasil (recentemente, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, visitou a França para conhecer essas embarcações) deverá ser abordada, "mas não está
prevista discussão específica sobre o
submarino nuclear".
Também poderão ser abordados no encontro temas como as negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) e a situação dos reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
— O Brasil tem se pautado por oferecer seus serviços, no sentido de auxiliar a resolução desse assunto, observando o princípio da não-intervenção e de não se imiscuir nos assuntos internos da Colômbia — informou Baumbach.
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