O ministro de Assuntos Exteriores espanhol, Miguel Ángel Moratinos, confirmou hoje que a Espanha "não reconhecerá o ato unilateral" da proclamação da independência do Kosovo, ocorrida neste domingo, "porque não respeita a legalidade internacional".

Moratinos, que fez estas declarações ao chegar ao Conselho de Ministros de Assuntos Exteriores da União Européia (UE), comparou esta postura com a mantida ao retirar as tropas espanholas do Iraque, em 2004. O ministro espanhol anunciou que proporá a seus colegas conclusões comuns, que, "mantendo a posição espanhola, garantam o maior grau de unidade" dentro da UE e de "estabilidade e segurança" nos Bálcãs.

Segundo o Executivo espanhol, a independência poderia ser reconhecida em caso de concordância com o Governo sérvio, que rejeita este processo de secessão, ou de decisão favorável do Conselho de Segurança da ONU, onde a Rússia exerceu seu veto ao expediente da independência kosovar.

Sobre a posição espanhola, um país afastado dessa região, Moratinos insistiu em que é uma questão de respeito à legalidade internacional, e não quis relacionar a posição da Espanha com os problemas nacionalistas internos.