| 21/02/2008 16h45min
A guerrilha colombiana do Exército de Libertação Nacional (ELN) afirmou que os revolucionários do mundo ganharam "um pensador em tempo integral" com a decisão de Fidel Castro de renunciar ao poder após permanecer por quase meio século na Presidência de Cuba.
"Ganhamos um pensador em tempo integral, em exercício pleno, um condutor planetário para este confronto, onde inclusive está em jogo a existência da espécie humana", afirmou a organização insurgente em nota divulgada nesta quinta-feira por seu site.
O Exército de Libertação Nacional acrescentou que a decisão do líder cubano também "é mais uma vitória de Cuba e do Comandante Fidel".
"Os imperialistas não puderam nem poderão com seu povo e com ele", ressaltou o grupo rebelde, que surgiu em 1964 sob o influxo da revolução liderada por Fidel, que mediou encontros em busca da paz em Havana entre estes insurgentes e o governo colombiano.
Em sua histórica mensagem de renúncia, prosseguiu o ELN, Fidel dá a lição de que o revolucionário ligado a seu povo e com suas lutas "vive até as últimas conseqüências entregando sua potência vital, no que já lhe corresponda".
"Nem se aposenta nem se exila", ressaltou.
O ELN se felicitou pelo fato de a "mente prodigiosa" do líder cubano ter ficado "intacta", como disse o próprio Fidel, após a "grave doença" que, em meados de 2006, "o colocou à margem dos assuntos fundamentais da atividade governamental".
Na nota, os rebeldes afirmam que "sua renúncia irrevogável marca a continuidade de um grande revolucionário. Fidel se afasta, mas continua em seu posto de combate, na primeira
linha contra as injustiças, o imperialismo e pelo bem da
humanidade".
Segundo o ELN, as "Reflexões do Companheiro Fidel", que substituirão as "Reflexões do comandante-em-chefe", "se tornaram armas de grande contundência na Batalha de Idéias que os revolucionários do mundo livram contra a mentira e a manipulação da imprensa e as ações do imperialismo".
Para a guerrilha, "a grandeza de Cuba se confunde com a dimensão de Fidel, que traçou a linha a ser seguida que os princípios não se negociam nem perante o mais gigantesco e agressivo adversário".
Fotografia de 2002 do líder cubano, durante discurso em Havana. A duração de seus pronunciamentos costumavam ser longos e muitas vezes tiveram mais de cinco horas
Foto:
efe
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