| 04/03/2008 16h21min
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) encarregada de investigar irregularidades no repasse de verbas públicas para organizações não governamentais, a CPI das ONGs, ouve nesta terça-feira o reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland, para esclarecer o desvio de recursos da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), de apoio à UnB, para mobiliar o apartamento de propriedade da universidade.
Segundo o Ministério Público (MP), só para a mobília foram gastos R$ 470 mil. Entre outros requintes, há uma lixeira de R$ 1 mil. O outro convocado, o presidente afastado do conselho da Finatec, Antonio Manoel Dias Henrique, não compareceu, alegando problema de saúde na família.
A CPI também ouve hoje o promotor do MP do Distrito Federal, Gradaniel de Carvalho, que investiga o uso do dinheiro da Finatec.
Quebra de sigilo do presidente da Finatec
O promotor de Justiça do
MP do Distrito Federal Ricardo Antônio de Souza pediu hoje a
quebra de sigilo bancário e fiscal de Dias Henrique. Souza questionou os critérios de administradores públicos ao escolher, sem licitação, a Finatec, ligada à UnB, para prestar serviços:
— O mérito da investigação é descobrir quem prospectava a Finatec e quem ganhava com isso no final da linha. Sem dúvida, a quebra de sigilo é importantíssima para descobrir quem está sendo favorecido por esses contratos.
O promotor questionou o porquê de prefeitos do Nordeste, Sul e Norte do país recorrerem a uma fundação de Brasília:
— Será que não há lá fundações competentes para tal?
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