| 07/03/2008 15h04min
O presidente colombiano, Álvaro Uribe, assegurou nesta sexta-feira que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) financiaram a campanha eleitoral que levou Rafael Correa à Presidência do Equador.
Durante seu discurso na cúpula do Grupo do Rio realizado hoje em Santo Domingo, Uribe leu trechos de várias cartas entre o líder das Farc, "Manuel Marulanda", e o "número dois" desta organização, "Raúl Reyes", que morreu no dia 1º de março na operação militar da Colômbia em território equatoriano.
Os textos lidos por Uribe, procedentes dos computadores de Reyes recuperadas durante a operação, evidenciam o apoio político e financeiro da guerrilha a Correa em diferentes mensagens nos quais se fala dos resultados do primeiro turno das eleições e da estratégia para a segunda.
Uribe rejeitou o fato de que "o legítimo direito da Colômbia de combater uma organização terrorista desta magnitude se apresente como um massacre contra arcanjos vestidos de pijama, sem que se diga quantos fuzis tinham".
Sobre o dirigente das Farc abatido no Equador, destacou que enfrentava 121 processos judiciais e que tinha 57 expedientes por homicídio terrorista, 26 por terrorismo, 25 por rebelião, quatro por seqüestro e nove por lesões, além de 14 penas.
Reyes, o porta-voz das Farc, "foi o grande obstáculo do acordo humanitário", já que agia por motivações políticas mascaradas após seu apoio a um acordo que permitisse a troca de um grupo de seqüestrados por rebeldes presos. Acrescentou que não se pode qualificar os membros das Farc "de insurgentes contra uma ditadura, mas de sanguinários contra uma
democracia".
O presidente do Equador, Rafael Correa (C), acompanhado de seu ministro de Governo, Fernando Bustamante (à sua direita), iniciou nesta terça-feira uma série de visitas por cinco países, a fim de expor a posição adotada pelo Equador no conflito
Foto:
EFE
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