| 07/03/2008 10h48min
O ministro da Defesa do Equador, Wellington Sandoval, disse que seu país faz fronteira "com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), não com a Colômbia", uma situação pela qual responsabilizou Bogotá.
Em entrevista publicada no jornal Clarín, Sandoval afirmou que a incursão colombiana do último sábado "obriga" o Equador "a grandes esforços na fronteira".
— Nós não limitamos com a Colômbia, limitamos com as Farc e esta é uma responsabilidade do Estado colombiano que não resolve este conflito há décadas — declarou.
O ministro afirmou que as forças armadas
equatorianas realizaram, apenas no ano passado, 21 operações de 10 a 30 dias cada em busca de bases das
Farc e destruíram 47 acampamentos, "uns mais equipados, como o que a Colômbia bombardeou, e outros menos, usados para descanso".
Sandoval afirmou que em abril de 2007 o Equador capturou nove guerrilheiros e que em novembro estava "atrás de 'Raúl Reyes'", morto no bombardeio do último sábado, mas que "escapou por pouco" naquela oportunidade.
— Sabíamos que andava por aí e nossos soldados chegaram ao local. Ainda havia comida quente, cartas e livros com dedicatórias suas. Reyes acabava de passar por lá. Um grupo que ficou, supomos para proteger a retirada, nos enfrentou. Além disso, tivemos dois soldados feridos por balas e granadas e, do lado guerrilheiro, ficaram três mortos — declarou.
Sandoval afirmou que a posição do governo de Rafael Correa "é de paz", pois o Equador não quer "outro Oriente Médio na América Latina".
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