| 08/03/2008 14h11min
O ministro do Interior da Venezuela, Ramón Rodríguez, disse hoje que a situação na fronteira com a Colômbia "já voltou ao normal", após dar por superada a crise entre os dois países, Equador e Nicarágua.
— A situação na fronteira tende a se normalizar nas relações comerciais, em relação ao comércio exterior, em relação ao fornecimento de gasolina, tudo tende à normalidade; melhor que isso, não é que tende a se normalizar, já voltou ao normal — deixou claro em entrevista coletiva para tratar de outros assuntos internos.
Depois que os presidentes dos quatro países esclareceram suas diferenças na sexta-feira na República Dominicana, as medidas venezuelanas de restrição ao comércio com a Colômbia foram suspensas, destacou.
Isso será detalhado em breve pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, e pelos funcionários da área de comércio exterior, acrescentou Rodríguez sem dar mais detalhes, mas destacou que as medidas de restrição comercial "já
estão sendo desfeitas".
O ministro
do Interior venezuelano minimizou um incidente registrado na tarde de sexta-feira em um ponto da fronteira, com a incursão de um veículo policial venezuelano em território colombiano, e afirmou que "tudo já foi esclarecido, tudo está sob controle".
Após o incidente, que por causa da crise admitiu a princípio ter "outra conotação", Rodríguez disse ainda na sexta-feira que "esses incidentes acontecem com freqüência", envolvem forças dos dois países e ocorrem "por erro, omissão ou distração".
Sobre os quase US$ 6 bilhões gerados no ano passado pela troca comercial entre Colômbia e Venezuela e sobre o qual foi cogitada uma queda brusca, o ministro disse que, após o fim do conflito, "isso vai melhorando a cada dia" e que a solução da crise dará "maior estabilidade e segurança aos lares venezuelanos".
— Realmente notamos um clima de tranqüilidade, de confiança, de normalidade no país após a diminuição das tensões surgidas com o incidente diplomático —
declarou.
A violação do
território do Equador por tropas colombianas em uma ação armada contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) levou Chávez a fechar a Embaixada em Bogotá, expulsar os membros da representação colombiana em Caracas, reforçar militarmente a fronteira comum e adotar uma série de restrições comerciais.
— Nós não chegamos ao rompimento (de relações) de maneira formal, mas irei (a Caracas) e me reunirei com meu chanceler, com o ministro da Defesa e vamos começar a realizar uma desescalada e esperar que as águas voltem a seu curso — disse Chávez após o final da Cúpula do Grupo do Rio, na República Dominicana, de onde seguiu para Cuba.
Caracas "retomará o caminho da paz, do diálogo, dos investimentos conjuntos (...); precisamos continuar com o comércio, principalmente com a Colômbia", declarou.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.