| 07/03/2008 19h16min
O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, deu "100%" de certeza que o líder guerrilheiro e membro do secretariado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) conhecido como Ivan Ríos foi assassinado por seus próprios homens. Segundo Santos, Ríos foi morto por membros de sua guarda pessoal em uma zona rural do centro-oeste do país, e não em combates com tropas oficiais, como em princípio havia sido informado.
Os rebeldes, disse o ministro, apresentaram "uma mão", afirmando ser do comandante assassinado, além de sua carteira de identidade, seu passaporte e seu computador pessoal. Santos explicou que um guerrilheiro das Farc, "perante a pressão militar" à qual estavam submetidos ele e seus companheiros, se entregou às autoridades militares com a mão direita do chefe rebelde assassinado. Os guerrilheiros "estavam cercados, desabastecidos e incomunicáveis", acrescentou.
Conhecido como Rojas, o rebelde que entregou a mão de Ríos se apresentou "na noite
desta quinta-feira, 6
de março", perante tropas que os tinham cercados em uma zona rural conhecida como Albânia, no departamento de Caldas", disse Santos à imprensa.
O ministro da Defesa lembrou que Ríos, identificado também como José Juvenal Velandia ou Manuel de Jesús Muñoz, fazia "parte do secretariado" (máxima hierarquia das Farc) desde novembro de 2003 e era responsável pelo "bloco noroeste" da guerrilha.
O rebelde é o segundo membro do secretariado (cúpula) das Farc morto em menos de uma semana, pois, no sábado passado, tropas colombianas abateram em território equatoriano o número dois e porta-voz internacional dessa guerrilha, Luis Edgar Devia, conhecido como Raúl Reyes. O ataque gerou uma crise entre Colômbia e Equador.
O ministro acrescentou que as autoridades não informaram da morte de Ríos até confirmarem que se tratava do comandante e membro do secretariado das Farc.
Ríos foi membro da equipe negociadora em um "comitê temático" durante os
fracassados diálogos de paz entre as Farc e o
governo do então presidente Andrés Pastrana, que foram feitas entre janeiro de 1999 e fevereiro de 2002 no sul do país.
EFE
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