A senadora colombiana Piedad Córdoba, que chegou a ser mediadora do governo junto às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), disse que não acredita em novas libertações unilaterais de reféns desde a morte do guerrilheiro Raúl Reyes.

— Minha impressão, dadas as atuais circunstâncias, é que não ocorrerão mais libertações unilaterais — disse Córdoba a jornalistas, acrescentando que "isso não significa que vá parar de trabalhar pela troca humanitária de seqüestrados por detidos das Farc".

Segundo Córdoba, a morte de Reyes, cujo nome verdadeiro é Luis Edgar Devia, interrompeu essas libertações.

— Estava havendo um avanço nas libertações e num acordo, mas mataram Raúl Reyes, que estava fazendo acordos com a França para a libertação de Ingrid Betancourt — disse a legisladora colombiana.

A senadora também declarou que é preciso ser honesto com as pessoas e que, assim como foram divulgadas notícias positivas por ocasião da soltura de alguns seqüestrados, "neste momento o processo está paralisado".

No entanto, Córdoba disse que, apesar das dificuldades, continuará trabalhando com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, pela libertação dos seqüestrados.