| 23/04/2008 14h52min
Após negar a possibilidade de contratar Fernando Alonso, o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, reiterou que não há competição entre Kimi Raikkonen e Felipe Massa, atuais pilotos da escuderia. Em entrevista à emissora italiana Sky, o italiano mandou um recado a seus comandados, segundo o GloboEsporte.com:
– O que interessa a mim é que a Ferrari vença. Se quiserem vencer uma corrida sozinhos, que o façam em sua própria equipe. Mas enquanto estiverem na Ferrari, vão pilotar principalmente para a Ferrari e eles vêm fazendo isso muito bem – destacou.
Um ponto atrás da BMW Sauber no Mundial de Construtores, Luca di Montezemolo considera que o GP da Espanha deste final de semana será importante para as pretensões da Ferrari este ano. Ele lembra que o Mundial é longo, mas se mostra satisfeito com a liderança de Kimi no Mundial de Pilotos.
– Vamos fazer uma corrida importantíssima neste domingo e vejo os garotos muito concentrados. Além disso, o carro está competitivo. Estamos com Kimi na liderança e queremos manter isso, mas esse é um Mundial duríssimo, com grandes equipes. Temos algumas grandes equipes que estão há muitos anos sem vencer, querem vencer, mas nós também queremos – destacou.
Ferrari critica sistema de recuperação de energia cinética
Através de seu vice-presidente Piero Ferrari, a Ferrari anunciou nesta quarta-feira que é contra o sistema de recuperação de energia cinética (KERS, na sigla em inglês) que deve ser implantado na Fórmula-1 a partir da temporada 2009. Para o mandatário, a nova tecnologia não reduzirá os custos das equipes e tampouco melhorará o nível das corridas.
O sistema já é considerado um grande desafio para os engenheiros da categoria. Conforme afirmou há um mês o chefe da Honda Ross Brawn, espera-se que a inovação no regulamento do ano que vem proporcione uma igualdade entre as escuderias, com todas sendo obrigadas a recomeçar.
Acoplado ao eixo dos carros, o equipamento batizado como Kers armazenará energia nas frenagens, proporcionando a liberação dessa energia recuperada ao piloto, que pode acioná-la por meio de um botão. Na visão da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), isso deve facilitar as ultrapassagens.
Contudo, a Ferrari não acredita em tal possibilidade e critica a mudança no regulamento.
– Devemos refletir sobre as decisões técnicas e esportivas tomadas recentemente na F-1. Os motores da F-1 operam a 19.000 rotações, então não há diferença na potência, nem nos giros, então não há como utilizar esse possível aumento de rotações para tentar uma ultrapassagem – afirmou em entrevista à publicação italiana Autosprint.
Raikkonen (E) e Massa (D) têm tratamento igual na Ferrari, segundo dirigente
Foto:
Eugene Hoshiko,AP
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