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Pacifistas de todo o mundo estão se mobilizando para levar solidariedade à população do Iraque e atuar como "escudos humanos'' em caso de bombardeio ocidental. Os voluntários acreditam conseguir recrutar centenas ou até milhares de pessoas e negam que seu plano acabe servindo como propaganda para o regime de Saddam Hussein.
– Estou propondo uma migração em massa para o Iraque. Podemos parar essa guerra louca – declarou Ken Nichols, um ex-marine norte-americano, veterano da guerra do Golfo, hoje radicado na Holanda.
A caravana grupo "We the People'' deve ser uma das maiores. Ela parte neste mês e deve visitar várias capitais da Europa e do Oriente Médio antes de chegar a Bagdá, no começo de fevereiro, onde os ativistas pretendem se instalar em lugares estratégicos.
– Se a guerra começar, estaremos nas áreas mais vulneráveis. Quero estar onde as bombas caírem. Se houver o risco de muitas baixas ocidentais, isso se torna um problema político – analisou Nichols.
A Jordânia, vizinha do Iraque, é um ponto importante na campanha dos pacifistas. Lá, partidos islâmicos e de esquerda, junto com ONGs, tentam arregimentar 100 mil escudos humanos. O Comitê Nacional de Mobilização pela Defesa do Iraque disse que o primeiro comboio deve partir ainda nesta semana.
Na Guerra do Golfo, Saddam Hussein transformou milhares de ocidentais em reféns, colocando vários deles junto a alvos estratégicos, numa inútil tentativa de evitar um ataque. Um desses ex-reféns, o britânico Ron Eccles, acha que os voluntários são "um bando de lunáticos''.
– É uma idéia ingênua e inacreditável. É muito improvável que se possa impedir qualquer ação – afirmou.
As informações são da agência Reuters.
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