O presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat (foto), pediu a militantes palestinos que parem com ataques contra civis israelenses às vésperas das eleições em Israel que podem mudar o curso de mais de dois anos de conflito. Em pronunciamento do gabinete palestino divulgado neste sábado, dia 11, Arafat diz que rejeita "todos os atos de violência que tenham como alvo civis palestinos e israelenses''.

– Ataques contra civis israelenses mancharam nossa luta na arena internacional e perante a opinião pública israelense – diz Arafat no documento. –Como se aproxima a data da eleição de Israel (28 de janeiro), nós apelamos ao nosso povo que atue com moderação.

Os comentários de Arafat coincidem com um escândalo de fundos de campanha que atingiu seriamente a base que apóia a candidatura do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, e seu partido, o Likud (direita), levantando especulações de que sua manutenção no poder, dada como inevitável, agora não é mais tão certa como se imaginava.

Antes do escândalo sobre um empréstimo estrangeiro de US$ 1,5 milhão para o filho de Sharon usados para pagar a campanha de 1999 ter estourado no início dessa semana, a expectativa era de que o Likud cresceria e se tornaria o maior partido do Parlamento israelense, com 41 vagas num congresso de 120 membros.

Mas as pesquisas de opinião divulgadas neste fim de semana apontam agora que o Likud ganhará somente de 27 a 30 cadeiras, pouco menos que o seu maior rival, o partido trabalhista, de centro-direita, que deve levar pelo menos 24 cadeiras. Uma estreita vitória do Likud tornaria o governo de Sharon vulnerável às pressões do líder de oposição, o trabalhista Amram Mitzna, que quer o imediato restabelecimento das conversações de paz com os palestinos. As informações são da agência Reuters,