| 06/02/2003 17h31min
A diretoria do Figueirense dispensou o técnico Heron Ferreira na tarde desta quinta, dia 6, e já anunciou o substituto: Vágner Benazzi, que dirigiu o alvinegro na Série B de 2001.
A dispensa de Heron ocorreu depois de reunião do Conselho Gestor de Futebol do clube. Benazzi, por sua vez, chega ao Orlando Scarpelli na manhã desta sexta, trazendo consigo o auxiliar técnico Miguel Amaral.
O principal motivo da saída do técnico, que comandou a equipe somente durante os quatro primeiros jogos do Campeonato Catarinense, foi a "incompatibilidade de pensamentos" com a diretoria do clube, como o próprio Heron definiu.
– Nós tínhamos 36 jogadores e era uma equipe grande, eu propus à diretoria contratar alguns jogadores e também dispensar outros. A direção do clube achou que isso traria prejuízos financeiros e resolvemos que seria melhor parar o trabalho – disse Heron Ferreira, em entrevista ao telefone para o clicRBS.
Com relação à lista de jogadores que seriam dispensados, Heron preferiu manter o sigilo já que agora não está mais vinculado ao Figueirense. O técnico acrescentou que a filosofia de trabalho do clube não coincidiu com a sua.
– Tivemos uma incompatibilidade de pensamentos – definiu Heron Ferreira, que está no alvinegro desde o dia 13 de dezembro.
Ele também afirmou que o Figueira perdeu jogadores importantes como William e Selmir e que com eles a história no Catarinense poderia ser diferente. O técnico contou que chegou a ser sondado por outro clube, mas abriu mão, pois já havia firmado contrato com o alvinegro.
– Cheguei a receber uma proposta da Portuguesa, mas não aceitei pois estava no Figueirense. Ainda não tenho planos para o futuro, acabei de sair do clube – afirmou.
Mas, depois de comandar clube da Capital, como o técnico definiria sua rápida passagem pelo alvinegro?
– Tenho a sensação de que não fiz nada, não consegui trabalhar e nem posso dizer que perdi um campeonato porque foram apenas quatro jogos e estávamos a apenas três pontos do líder. Posso dizer que fiquei frustrado – completou Heron.
A falta de sincronia entre técnico e diretoria também foi o motivo alegado por Mário Prisco Paraíso, do Comitê Gestor de Futebol. De acordo com o dirigente, o pedido de reforços feito por Heron não foi determinante para a dispensa.
Até porque, disse Mário, são dois ou três jogadores que o clube está buscando no mercado. Já a fraca campanha no campeonato foi levada em conta.
– Não diria que os resultados foram fundamentais. Contribuíram também. Porque um clube como o Figueirense tem de ter resultados positivos. Mas nós já mantivemos treinadores com muito mais resultados negativos, como o Abel (Abel Ribeiro, atualmente no Criciúma), que mesmo perdendo por várias vezes ficou no clube 18 meses – afirmou Mário Prisco, em entrevista à rádio CBN/Diário.
O Figueirense está na lanterna do Grupo A do Campeonato Catarinense de 2003, com quatro pontos em quatro jogos. Foram uma vitória, sobre o Tubarão; um empate, no clássico com o Avaí; e duas derrotas, para o Atlético de Ibirama, logo na estréia, e para o Criciúma, sábado passado.
O próximo desafio do alvinegro será neste sábado, às 17h30min, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. O alvinegro recebe o Joinville, quarto colocado na tabela de classificação, com seis pontos.
Coincidentemente o time do norte do Estado trocou de técnico nesta quarta. Luís Carlos Martins entregou o cargo para assumir o comando na Lusa, sendo substituído por Valter Ferreira.
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