| 23/08/2008 22h05min
A satisfação de PC Gusmão com a atuação de seus comandados neste sábado só não foi maior por um motivo óbvio: a derrota. Exceto por isto, o técnico alvinegro gostou do Figueirense motivado que esteve em campo durante os mais de 90 minutos de partida. A derrota por 2 a 1 diante do Vitória chateou o grupo, mas o treinador, em comparação ao jogo diante do Coxa, avaliou positivamente a partida deste sábado.
— O time teve atitude, procurou jogar, fez o que vínhamos pedindo. Mas deu tudo certo para o adversário, até no chutão. Tivemos maior volume de jogo e mais finalizações, só que não conseguimos fazer o gol. Mesmo com o empate, nós tínhamos as melhores situações. Foi positivo, eles lutaram até o final, encurralaram o adversário. Saímos de Curitiba com vergonha, mas hoje (sábado) saímos do gramado com a cabeça erguida.
Alguns pontos específicos, no entanto, não mudaram desde a ida ao Paraná. Um deles foi a apatia do capitão alvinegro Cleiton Xavier, que passa por uma má fase no time, sem gols e sem conseguir fugir da marcação individual armada pelos seus adversários. Mesmo que Cleiton seja um ícone no time, PC não hesitou ao sacá-lo da equipe.
E esta atitude do comandante já havia sido demonstrada na concentração, quando PC deixou de relacionar jogadores que vinham atuando como titulares nas últimas rodadas. Perguntado sobre as deficiências individuais do grupo, PC afirmou que isto está sendo trabalhado, e também ressaltou a importância de um período de descanso para os jogadores
— Isso preocupa, mas estamos trabalhando bastante a deficiência individual. Precisamos que eles tenham um ganho rápido, mas isso requer intensidade, repetição, e às vezes você tem que segurar um atleta para não acabar em uma lesão. Demos um descanso para alguns jogadores e isso pode acontecer com outros. Qualquer colocação agora sobre uma mudança no próximo jogo seria precipitada — explicou.
Para o técnico, é neste ponto que se faz importante a chegada de novos jogadores e o período de adaptação dos mesmos. PC está confiante que, com a seqüência de jogos, logo o grupo estará evoluído e conquistando bons resultados.
— Na hora em que estes novos jogadores integrados ao grupo tiverem ritmo de jogo, melhores resultados virão. A regularidade é o que estamos buscando com a seqüência — disse o técnico, aproveitando a oportunidade para afirmar que não existe nenhum problema de relacionamento dentro do grupo apesar da briga acirrada pela titularidade e da má fase de resultados.
— Existe uma consciência do que cada um precisa melhorar para evoluirmos e conseguirmos os bons resultados. Não há nenhuma crise ou falta de bom relacionamento de trabalho — completou.
PC ainda falou sobre a torcida, que em alguns momentos chegou a vaiar o time no Scarpelli. O técnico, no entanto, deu atenção somente ao apoio que os torcedores ofereceram empurrando o time para a frente.
— Não há o que reclamar da torcida. A maior parte do torcedor que veio ao Estádio colocou o time para cima e pediu que os jogadores atacassem. Eles são fundamentais nesta seqüência, precisamos deles. E há a certeza de que eles não saíram do Estádio mais chateados que nós por esta derrota — finalizou PC.
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