O chanceler alemão, Gerhard Schroeder, disse nesta quinta, dia 13, que uma resolução pacífica da crise no Iraque ainda é possível, e que ele vai se empenhar por isso ao lado da França, da Rússia e de outros países.

Schroeder acredita que é possível desarmar o Iraque sem guerra e diz que tem a responsabilidade de agarrar essa chance. Segundo ele, a maioria dos membros do Conselho de Segurança da ONU acha necessário dar mais tempo e poder aos inspetores de armas no Iraque.

Na opinião de Schroeder, um ataque contra o Iraque fomentaria o terrorismo e dificultaria a ocorrência de reformas em outros países islâmicos. Ele disse que a Turquia (único país da Otan que faz fronteira com o Iraque) pode contar com o apoio alemão em caso de ataque, mas que pelo menos até sexta, dia 13, permanecerá o impasse na aliança militar ocidental provocado pelo veto francês, belga e alemão a um plano de defesa do território turco.

Nesta sexta, dia 15, os inspetores-chefes devem apresentar um novo relatório sobre seu trabalho à ONU. França, Bélgica e Alemanha vetaram na Otan a proposta de defesa para a Turquia por considerarem que ela representaria a admissão tácita de que não há saída diplomática na crise com o Iraque. O veto irritou os Estados Unidos.

Schroeder, criticado pela oposição por estar supostamente isolando a Alemanha dos Estados Unidos, já anunciou que votará contra uma possível segunda resolução que autorize explicitamente a guerra. Nesta semana, Alemanha, França e Rússia firmaram uma declaração conjunta pedindo a ampliação das inspeções de armas. A China declarou apoio à idéia. Dessa forma, três dos cinco membros do Conselho com poder de veto já se manifestaram contra o conflito armado.

O governo brasileiro divulgou um comunicado nessa quarta, dia 12, reiterando o apoio aos esforços pacíficos para garantir a eliminação de todas as armas de destruição em massa e manifestou aprovação à declaração conjunta de Alemanha, França e Rússia.

Com informações da Agência Reuters