| 29/09/2008 04h03min
Foi constrangedor o trajeto até o vestiário feito após o jogo por Paulo Odone. Acompanhado por dois seguranças da FGF, o presidente do Grêmio foi obrigado a ouvir o coro debochado de dirigentes e conselheiros do Inter.
– Olha a máquina, olha a máquina – gritavam os colorados, entre gargalhadas, a menos de dois metros de um calado Odone.
Sem esboçar reação, Odone baixou a cabeça e seguiu em silêncio até o vestiário, enquanto os risos prosseguiam atrás dele.
Mais de meia hora depois, a caminho do ônibus que levaria o Grêmio de volta ao Olímpico, o presidente cruzou com os dirigentes do Inter. Trocou abraços com Giovani Luigi e procurou minimizar os efeitos da frase “vamos passar máquina” usada por ele no meio da semana.
– A frase não foi ofensiva, nem provocativa. Ela é usada há muitos anos. Já passei a máquina várias vezes, assim como já nos passaram tantas outras – afirmou.
Ele garante
que, apesar da derrota e da perda da liderança do Brasileirão, o
Grêmio não vive uma crise. Ainda assim, promete rápida reação e descobrir as causas da perda de foco. Haverá cobranças pelo fato de o zagueiro Pereira, que recuperava-se de lesão muscular e havia feito apenas dois treinos fortes, ter sido liberado para o jogo.
Aos 10 minutos do primeiro tempo, quando Pereira caiu no gramado, Celso Roth abriu os braços em direção ao preparador físico Flávio de Oliveira, como que cobrando uma explicação.
– Temos que manter a nossa rotina e fazer algumas modificações – disse.
Uma delas poderá ser a escalação do uruguaio Morales. O técnico também foi alvo de piadas entre os colorados. No vestiário do Inter, um torcedor gritou:
– Celso Roth é o maior técnico de Gre-Nais. Com ele, é só goleada. Sempre a nosso favor. A referência era ao Gre-Nal vencido por 5 a 2 pelo Inter em 1997. Na ocasião, Roth trabalhava no Beira-Rio. E Hélio dos Anjos comandava o Grêmio.
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