O Iraque fez testes com um motor de foguete neste domingo, dia 23, em Falluja, 70 quilômetros a oeste de Bagdá. O objetivo era mostrar aos inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) que o míssil Al Samoud 2 não excede o limite de alcance estabelecido pela Organização das Nações Unidas em 1991.

Nesta semana, o chefe dos inspetores da ONU, Hans Blix, ordenou ao Iraque a destruição dos mísseis Al Samoud 2, a partir de 1º de março. Em um documento enviado ao conselheiro do presidente Saddam Hussein, general Amir al-Saadi, ele também pede a destruição de alguns motores utilizados para equipar os mísseis, importados ilegalmente.

Neste domingo, o chefe dos monitores de armas do Iraque, general Husam Mohammad Amin, afirmou que a ordem de Blix está sendo objeto de estudos e que espera resolver o assunto por meio de acordo entre as duas partes, sem interferência dos Estados Unidos ou da Grã-Bretanha. Amin disse, no entanto, que destruir os mísseis vai afetar a capacidade de defesa do Iraque, mas não vai exterminá-la completamente.

Amin afirmou que Bagdá acredita não ser necessário que os cientistas iraquianos sejam entrevistados no exterior – uma demanda da ONU, que insiste em afirmar que os especialistas em armas proibidas devem ser questionados em locais neutros, para evitar intimidação do governo. Segundo ele, Amin disse que os inspetores de armas da ONU fizeram suas primeiras entrevistas com cientistas iraquianos sem o uso de gravadores. Ele afirmou que o Iraque indicou novos nomes de cientistas para serem entrevistados.

Conforme o general, 635 locais foram vasculhados desde o começo das inspeções, em novembro, e que devem usar um avião Mirage nos próximos dias nas suas inspeções. Bagdá também permitiu que um avião teleguiado alemão voe à procura de armas proibidas.

Com informações da Agência Reuters