A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) ainda não decidiu se irá interditar o Estádio Alfredo Jaconi devido à garrafa arremessada contra a cabeça do tricolor Roger, na partida de sábado entre Juventude e Grêmio. O presidente da entidade, Emídio Perondi, aguarda o laudo da  Brigada Militar, aguardado para este terça, para definir que medidas adotar.

Nesta segunda-feira, o árbitro do jogo, Leonardo Gaciba, entregou a súmula, na qual relatou o incidente. De acordo com Perondi, Gaciba não identificou de onde foi arremessada a garrafa.

O parecer preliminar do 12º Batalhão da Polícia Militar de Caxias do Sul aponta como autor da agressão um adolescente, torcedor do Grêmio. Ele estava no camarote número 9 do estádio, acompanhado pelo pai e por amigos. A BM chegou ao nome dele por uma testemunha, que prestou depoimento na manhã de segunda. A testemunha se negou a dar entrevistas e pediu para não ser identificada.

Confirmada a versão, a FGF deve aplicar uma punição administrativa, baseada no artigo 40 do regulamento do Campeonato Gaúcho. O artigo prevê a perda ou reversão do mando de campo por até cinco partidas. Com isso, o Juventude não poderia enfrentar o Inter em seu estádio dia 16, no encerramento do returno do quadrangular classificatório. Mesmo que o jogo não seja transferido para o Beira-Rio, o Ju não jogaria em Caxias do Sul.

O incidente envolvendo Roger pode também render punição de parte do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). O procurador da FGF, Fábio Barrichello, deve analisar a súmula durante esta semana e já adiantou que detectou cerca de oito irregularidades na partida, entre elas a relatada garrafada no defensor do tricolor. O Ju pode ser denunciado no artigo 297 do Código Brasileiro Disciplinar de Futebol (CBDF), que pode levar a uma multa e à interdição do Jaconi até que sejam garantidas as condições de segurança. Um eventual julgamento não deve ocorrer antes do Ca-Ju do dia 9.