O empresário Luiz Alberto Oliveira, responsável pela L.A. Sports, parceira do Avaí, afirmou que o time catarinense é a prioridade da empresa. Tanto que, nesta temporada, o clube está fazendo sua melhor campanha na Segundona, com grandes chances de acesso à Série A.

Luiz Alberto explicou, durante uma entrevista no programa TV COM Esportes desta quinta-feira, como funciona a parceria e afirmou que o projeto para evolução do Leão é de cinco a 10 anos.

— A parte da L.A está focada mais na contratação de jogadores, sempre com o aval do Avaí. Nós já temos um certo know-how no meio do futebol, identificamos os jogadores, alguns que já são da L.A, e que nós priorizamos trazer para o Avaí. A Traffic atua por trás, tem uma carteira muito extensa de jogadores. Já eu determinei que meu foco principal é o Avaí. E este projeto do clube com as parceiras é de cinco a 10 anos — disse o empresário, explicando também as vantagens financeiras que os clubes têm com as negociações.

— A palavra final é sempre do presidente, quem decide se vai contratar ou não é o Zunino. A gente traz os jogadores, arma toda a estrutura para contratá-los, investe, compra os jogadores e põe no clube, dando um percentual para o clube em uma futura venda dos atletas — completou.

Para Luiz Alberto, um dos aspectos fundamentais de investimento de trabalho, foco e objetivo no Avaí é a diretoria do clube. De acordo com o empresário, os administradores do futebol no time catarinense têm credibilidade e merecem tanto o acesso quanto a conquista de um título, fato que não ocorre desde 1998, quando o Avaí chegou ao título da Série C.

— Futebol é contatos, relacionamento, muito trabalho, honestidade, cumplicidade. Fica fácil trabalhar no Avaí. As pessoas que administram o futebol do clube são pessoas sérias, de credibilidade. O presidente Zunino é uma pessoa fantástica, a pessoa que mais merece esse acesso e a busca de um título — disse Luiz Alberto.

Assédio aos jogadores avaianos

Com a boa campanha na Segundona, o time virou alvo de propostas para os seus jogadores. Como lidar com o assédio de clubes grandes? Para Luiz Alberto a resposta é simples. O atleta não pode pensar com imediatismo, ele só pode integrar a equipe se estiver disposto a incorporar o projeto, que, neste ano, é o acesso à Série A.

— No caso do Avaí a gente sabe que os jogadores têm qualidade, mas acima de tudo eles abraçaram o nosso projeto. Então você tem que sentar, conversar, ver o caráter, o comportamento, a condição física e principalmente que eles entendam o projeto que a gente está envolvido.

Desta forma, foi possível manter peças importantes do elenco avaiano, como o meia Marquinhos, que segundo o empresário recebeu cinco propostas para deixar o clube neste ano.

— Vamos pegar o exemplo do Marquinhos. O Marquinhos teve mais de cinco propostas de deixar o Avaí, e ele englobou o projeto que vai até o final do ano que vai subir com o time, que vai se valorizar e que vai voltar a ser o Marquinhos que ele sempre foi, o próprio Valber a mesma coisa.

No entanto, não foi assim com Vandinho, vendido durante as disputas da Segundona ao Flamengo, um dos líderes da Série A. Luiz Alberto destacou que o caso do atacante foi específico, pois se tratava de uma negociação importante para a manutenção financeira do clube e de todos os outros jogadores que integram o time, além de dar vantagens tanto ao Avaí, financeiramente, como à empresa parceira e ao próprio jogador.

— O Vandinho foi uma necessidade de manter a folha salarial do clube e por isso nós fizemos a negociação. O Vandinho chegou a dizer que queria ficar no Avaí e subir com o time no final do ano, mas a ida para o Flamengo era uma coisa boa para o jogador, boa para o clube e boa para a parceria — finalizou o empresário.