| 27/02/2003 16h40min
Na tarde desta quinta, dia 26, o governador paulista Geraldo Alckmin afirmou que o traficante Fernandinho Beira-Mar só ficará em São Paulo por 30 dias. Segundo ele, o pedido do governo federal foi para que o criminoso ficasse apenas por um mês no Estado. Após este prazo, o governador espera que Brasília encontre outra solução para o problema. A governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, respondeu ao pronunciamento de Alckmin dizendo que Beira-Mar não volta ao Estado.
Diante da polêmica e do medo que se abateram sobre São Paulo com a transferência do detento, o secretário de Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, procurou amenizar a questão. Abreu Filho afirmou que a segurança da população está garantida e ressaltou que a escolha do presídio foi feita para assegurar o isolamento total do prisioneiro.
A nova moradia de Beira-Mar é o Centro de Readaptação da Penitenciária de Presidente
Bernardes, o único no país a reunir
estratégias que visam ao isolamento total do preso. Além de um bloqueador de celulares e diversos detectores de metal, o presídio conta com tapetes de chapas de aço e um metro de concreto no piso para evitar escavações e vidros blindados nas celas e nas guaritas.
Enquanto Beira-Mar era transferido, os ministros de Justiça e Defesa Márcio Thomaz Bastos e José Viegas anunciaram a construção de cinco novos presídios federais. O primeiro será erguido em Brasília e comportará 200 presos. As obras terão custo de R$ 10 milhões. O governo federal também autorizou o uso do exército no policiamento do Rio durante o carnaval.
As informações são da Agência Reuters.
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