O Parlamento israelense votou a favor do novo gabinete de direita do primeiro-ministro Ariel Sharon nesta sexta, dia 28, fato que endurecerá a política linha-dura de Israel sobre a paz no Oriente Médio. A votação de 66 contra 48 foi uma formalidade, já que o partido de Sharon, o Likud, controla 68 das 120 cadeiras do Knesset (Parlamento israelense). Ainda não está claro onde os outros membros da legenda estavam.

Nessa quinta, dia 27, Sharon apresentou 21 novas pastas ministeriais, incluindo novo vice-premiê e ministro das Relações Exteriores, Silvan Shalom, e o novo ministro das Finanças, Benjamin Netanyahu, na sessão que acabou depois da meia-noite. O Likud reuniu uma coalizão com o partido de centro Shinui, o ultranacionalista União Nacional e o Partido Nacional Religioso. Todos os quatro defendem uma linha dura contra os palestinos, mas a União Nacional tem a visão mais extrema. Alguns dos líderes defendem a retirada de palestinos da Cisjordânia e a anexação das terras ao Estado judeu.

O Partido Trabalhista de centro-esquerda decidiu ficar de fora da nova coalizão. Sharon, de 75 anos, foi reeleito em janeiro com uma onda de apoio de israelenses, depois de dezenas de ataques suicidas palestinos. As informações são da agência Reuters.