| 27/11/2008 20h06min
Em um recado às facções internas vulneráveis ao cerco de partidos políticos, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, avisou nesta quinta-feira que o delegado Protógenes Queiroz foi afastado da Operação Satiagraha e enfrenta sanções legais não só pelos excessos que teria cometido na investigação, mas por ter um comportamento, a seu ver, engajado politicamente. Corrêa defendeu o desligamento do delegado da Diretoria de Inteligência Policial (DIP), à qual era vinculado.
— A área de inteligência é muito sensível para abrigar alguém com perfil quase que partidário — afirmou.
Corrêa falou à imprensa no final da manhã de hoje, após participar do plantio de árvores no campus da Universidade de Brasília (UnB), dentro do Programa de Controle das Emissões de Carbono das Atividades da PF. Protógenes foi afastado em julho do comando da Satiagraha, em meio a acusações de que foi desleal com a direção da PF e de ter cometido deslizes à frente das
investigações, como vazamentos e
grampos ilegais contra autoridades.
Sobre o amparo que o delegado vem recebendo do PSOL, sobretudo de sua líder, a deputada Luciana Genro (RS), filha do ministro da Justiça, Tarso Genro, Corrêa disse que não quer "fulanizar a discussão", mas deixou claro que a "apartidarização é a regra" na PF.
— O delegado de polícia só pode ser partidário quando entra na cabine de votação para depositar o seu voto — enfatizou.
Protógenes esteve em Porto Alegre no dia 17 deste mês, e participou de manifestação dos policiais civis
Foto:
Ronaldo Bernardi
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