| 10/12/2008 17h26min
José Luiz Runco confia no sucesso de Ronaldo no Corinthians. Mas o médico da Seleção Brasileira, que acompanhou parte da recuperação da cirurgia no joelho esquerdo, fez um alerta. O craque precisa voltar a pensar como um atleta. Quando iniciou o tratamento no Flamengo em agosto, o atacante estava cerca de 10 quilos acima do peso ideal. Em cerca de dois meses, as melhoras foram significativas, principalmente no quesito percentual de gordura. Mas aí o atacante resolveu "tirar umas férias" e sumiu do clube. As informações são do site Globoesporte.com.
— As chances de ele voltar a jogar bem são grandes desde que ele volte a ter consciência de que é um atleta e precisa de uma vida regrada. Ele começou a trabalhar no Flamengo muito acima do peso, fez um trabalho e estava bem. Mas aí saiu, ficou fora um tempo e agora vai ter que começar tudo de novo — disse Runco.
Pouco antes, José Luiz Runco participou, ao lado do técnico Carlos Alberto Parreira e do médico Serafim Borges,
de uma palestra no
mínimo curiosa no Footecon, o Fórum Internacional de Futebol, que acontece no Rio de Janeiro. O tema era "O atleta acima do peso durante a temporada". Eles fizeram parte da comissão técnica da Seleção Brasileira na Copa de 2006, que bancou Ronaldo e Adriano em campo, mesmo com os dois atacantes estando longe da forma física ideal. Ronaldo se apresentou para a competição oito quilos acima do peso. Mesmo sem citar o caso de Ronaldo na Copa de 2006 em nenhum momento da palestra, Parreira defendeu a escalação de um jogador mesmo que ele não esteja 100% fisicamente.
— Sou favorável. Assim como acho que o perfil psicológico não pode impedir que o jogador atue. Temos vários exemplos no futebol brasileiro e o mais conhecido é o do Garrincha. Acho que um ou dois pontos percentuais de gordura acima do ideal também não podem impedir. Usaria um jogador mesmo não estando na condição ideal. Colocaria para jogar mesmo que fosse uns 45 minutos. Prefiro usar no primeiro tempo, sair o jogo com ele.
Parreira
se mostrou favorável também a uma mesa com alimentos diferenciados para os jogadores acima do peso na concentração. O caso divide os especialistas por causa do constrangimento e o mal estar do atleta.
— Desde de 1970 já havia a "mesa dos gordinhos". Não vejo um problema. Mas é preciso cuidado. É algo que precisa ser bem conduzido e aceito no grupo.
O treinador revelou o que normalmente faz para forçar um "craque" para se empenhar nos treinos físicos e voltar ao peso ideal.
— Essa turma não sofre mais com o bolso (multa). Acho que o melhor jeito é ele se sentir ameaçado de não jogar como titular. É a pressão que mais funciona. E o treinador é a pessoa ideal para fazer isso.
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