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Oposição à guerra reúne manifestantes em vários países

Centenas de milhares de manifestantes no mundo todo tomaram as ruas neste sábado, dia 15, para dizer não à possível invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos no maior protesto anti-guerra desde que milhões de pessoas reuniram-se em uma marcha global pela paz no mês passado.

No momento em que a onda de protestos tinha início na Ásia, organizadores espanhóis esperavam atrair multidões com mais de um milhão de pessoas em uma das maiores manifestações na Europa ao longo do dia, comparável aos números registrados na Espanha durante os protestos globais em 15 de fevereiro.

O primeiro-ministro espanhol, José Maria Aznar, que tem sido um forte partidário da postura dura dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha com o Iraque, encontra-se no domingo com o presidente norte-americano George W. Bush e com seu colega britânico, Tony Blair, no arquipélago português de Açores para discutirem a crise.

Do outro lado do Atlântico, ônibus lotados de manifestantes de mais de 100 cidades norte-americanas chegaram a Washington para aquela que pode ser a última chance de protestar e dissuadir a administração Bush de invadir o Iraque.

Segundo estimativas, os protestos de 15 de fevereiro reuniram mais de 4 milhões de pessoas no mundo. Mas desta vez, com a guerra parecendo ainda mais provável, os números parecem menores.

Dando início às manifestações deste sábado, cerca de 10 mil pessoas marcharam em Tóquio e três mil em Bangkok, onde pombos foram soltos para os céus sobre a capital tailandesa. Protestos também foram registrados no Vietnã, Austrália e Nova Zelândia.

Em Calcutá, Índia, pessoas queimaram imagens de Bush, gritando: "Erga suas mãos contra o imperialismo norte-americano". Outros carregavam faixas chamando Bush de Hitler.

Na Europa, a polícia informou que 20 mil gregos protestaram diante da Embaixada dos Estados Unidos em Atenas, enquanto outros comícios ocorriam pelo continente.

Segundo informações da polícia, cerca de 30 mil pessoas caminharam pelo centro de Bruxelas, incluindo o vice-primeiro-ministro Johan Vande Lanotte. Em Milão, milhares reuniram-se em um protesto organizado pela maior confederação trabalhista italiana, a CGIL.

Na Alemanha, centenas de ativistas anti-guerra realizaram um protesto em uma base aérea dos Estados Unidos próxima de Frankfurt, utilizada pelos norte-americanos para transportar soldados e suprimentos para a região do Golfo.  Na cidade de Nuremberg, sul da Alemanha, cerca de quatro mil manifestantes deram as mãos para formar uma "corrente da paz" de cinco quilômetros.

Na Dinamarca, a polícia informou que cinco mil pessoas reuniram-se diante da Embaixada dos Estados Unidos na capital Copenhagen, muito menos que os 25 mil reunidos em 15 de fevereiro. Em Estocolmo, capital sueca, entre três mil e quatro mil pessoas protestaram. Em fevereiro, o número chegou a 35 mil.

Enquanto isso, na capital britânica, muçulmanos britânicos protestaram diante das embaixadas de países muçulmanos, pedindo que seus governos oponham-se à guerra.

No Iraque, houve protestos autorizados pelo governo com milhares de iraquianos prometendo defender Saddam. Na vizinha Turquia, milhares de pessoas protestaram contra um possível uso de portos e bases aéreas turcas pelo exército dos Estados Unidos. As informações são da agência Reuters.

 
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