| 19/03/2003 12h47min
A iminência de uma guerra contra o Iraque deve alterar a agenda da reunião ministerial convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta, dia 19, com o objetivo inicial de discutir o Plano Plurianual de 2004 a 2007.
– A pauta é o plano Pluarianual, mas é inevitável discutir a guerra – disse o secretário de Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro, ao chegar para a reunião, na Granja do Torto.
Nessa terça, dia 18, Lula se posicionou fortemente contra a atitude do presidente George W.Bush, que deu prazo de 48 horas para que o líder Saddam Husseim deixe o Iraque. Lula disse que a atitude de Bush desrespeita a autoridade da ONU e que os EUA não podiam decidir o destino do mundo pensando apenas nos interesses norte-americanos.
Alguns dos ministros que participam da reunião desta quarta afirmaram que não consideram que as declarações do presidente possam trazer problemas nas relações brasileiras com o governo norte-americano.
– Não vejo relação, o que presidente Lula expressou é o sentimento do povo brasileiro e da humanidade, porque essA guerra não tem apoio da opinião pública mundial – disse a jornalistas no Congresso o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, pouco antes de se dirigir ao Torto. – O presidente Lula expressou o sentimento do nosso povo e a política do Brasil e do mundo e passou a representar a voz de milhões e milhões de cidadãos do mundo que são contra a guerra.
Na noite de terça-feira, após estar presente ao segundo telefonema do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para o presidente nesta semana, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, fez a mesma avaliação das declarações de Lula.
A reunião desta quarta começou por volta das 9h e deve durar até o final da tarde. Segundo os ministros, Lula deve pressionar para que tenham ações mais efetivas em suas pastas. Com informações da agência Reuters.
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