| 04/03/2009 05h15min
Com o emprego em risco, Celso Roth vai mudar o time. Voltará ao esquema 3-5-2, com Jonas no ataque e Diogo no banco de reservas. Tomou a decisão antes que a reunião de hoje com a direção apontasse para o retorno ao sistema que encantou a torcida na estreia da Libertadores.
A formação será utilizada no jogo contra o Ypiranga, amanhã, no Olímpico. Mas Roth não descarta voltar em breve ao 3-6-1. Entende que o esquema do meio-campo recheado é o melhor para enfrentar os 2,7 mil metros de altitude de Tunja – local da partida contra o Boyacá Chicó, pela segunda rodada da Libertadores.
— Nosso torcedor quer o Jonas no time. Eu também quero. Vou fazer a escolha pelo melhor esquema: aquele que ganha, independentemente da questão numérica — disse Roth.
Em entrevista de quase uma hora, o técnico não admitiu ter errado ao pensar o Gre-Nal. Mesmo considerando que o time tenha feito “a pior” partida do ano, ele entende ter pensado bem o clássico. Alega que foi
nesse sistema que o Grêmio dominou o
primeiro tempo do clássico de Erechim. Tentou repetir o modelo em vez de manter a equipe no 3-5-2, que amassou a Universidad de Chile, apesar do 0 a 0.
— Fomos no 3-5-2 contra os chilenos porque precisávamos vencer em casa. No Gre-Nal, fiz um teste com o meio-campo cheio no 3-6-1. Não errei. Era um risco calculado com uma análise a partir de clássico de Erechim — comentou o técnico do Grêmio.
Celso Roth não admite que a mudança vise a preservar seu emprego. Garante que confia na direção e que ela o manteria no cargo, como fez no ano passado – quando ele permaneceu treinando o time mesmo com eliminações no Gauchão e na Copa do Brasil, em um intervalo de quatro dias.
— O que ocorre é que o torcedor está bravo. E tem que estar mesmo. Quando perde-se um Gre-Nal, mesmo que o time esteja fazendo boa campanha no ano, a culpa é de quem? Do técnico, que de uma hora para a outra não entende mais nada de futebol — afirmou.
Escolado em
alternar boas campanhas com grandes crises, Roth
sabe que só terá paz com vitórias.
— Não precisamos apenas jogar bem, mas, sim, ganhar para ter tempo de corrigir alguns erros. Nem que seja com um gol de canela ou de nariz. Tomara Deus que isso aconteça — concluiu o pressionado Celso Roth.
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