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Os Estados Unidos ainda comemoram a captura do veterano guerrilheiro palestino Abu Abbas, preso pelas forças militares norte-americanas em Bagdá. O Comando Central disse que a captura "remove uma porção da rede de terror apoiada pelo Iraque e representa outra vitória na guerra global ao terrorismo". Na contramão do otimismo dos EUA, cresce a pressão sobre as tropas anglo-americanas para encontrar Saddam Hussein e as armas de destruição de massa. Até esta quarta, dia 16, apenas dois dos 55 homens procurados foram capturados.
Saddam e os filhos Uday e Qusay permanecem desaparecidos. Em meio à situação trágica em que se encontram, os iraquianos parecem estar cada vez mais frustrados. A maior parte do Iraque ainda necessita de eletricidade, água e tratamento médico. Agências de ajuda disseram que estão sendo prejudicadas por saques e combates esporádicos. O presidente norte-americano, George W. Bush, procura acalmar os ânimos:
– Nossa vitória no Iraque é certa, mas não está completa.
Na Organização das Nações Unidas (ONU), membros do Conselho de Segurança já falam no retorno das inspeções ao Iraque. Na próxima semana, o chefe dos inspetores de armas, Hans Blix, falará a respeito do que hoje não passa de uma possibilidade.
Enquanto isso não se confirma, autoridades dos EUA acaloraram a série de acusações contra a Síria, afirmando que o ex-chefe da espionagem iraquiana Farouk Hijazi está entre os diversos líderes do alto escalão iraquiano escondidos no país.
Hijazi era diretor de operações externas da agência iraquiana de inteligência, Mukhabarat, em meados dos anos 90, quando a organização teria lançado uma tentativa de assassinar o então presidente George Bush durante uma visita ao Kuwait.
Dia depois da captura de Abu Abbas, também nesta quarta, o ministro da Justiça da Itália, Roberto Castelli, disse que o país planeja pedir a extradição do líder guerrilheiro. Castelli afirmou que o governo italiano buscará a extradição quando as questões judiciais forem esclarecidas.
Abbas, também conhecido como Mohammed Abbas, foi condenado à prisão perpétua na Itália sem comparecer ao tribunal por planejar o sequestro do navio italiano Achille Lauro no Mediterrâneo, em 1985. Os sequestradores mataram um passageiro idoso norte-americano. Leon Klinghoffer, que era judeu e deficiente físico, foi morto a tiros e jogado ao mar com sua cadeira de rodas.
As informações são da agência Reuters.
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