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Os Estados Unidos estão revendo todos os aspectos de sua política em relação a Cuba, em resposta à recente onda de repressão a dissidentes na ilha comunista, disse nesta segunda, dia 28, o secretário de Estado americano, Colin Powell.
No mês passado, as autoridades cubanas prenderam 75 dissidentes e os condenaram a penas de até 28 anos de prisão. Como parte da onda repressiva, Cuba também executou três homens que, dias antes, tentaram desviar uma balsa de passageiros para os Estados Unidos.
O governo norte-americano criticou as longas penas de prisão aos dissidentes, enquanto o papa João Paulo II escreveu ao presidente Fidel Castro pedindo clemência a eles.
– Estamos revendo todas as nossas políticas e a nossa abordagem para Cuba à luz do que eu penso ser uma deterioração da situação de direitos humanos dentro de Cuba. Estou muito satisfeito de que Sua Santidade também tenha comentado a situação – afirmou Powell a jornalistas, após encontro com o chanceler da Jordânia, Marwan Muasher.
Powell não deu detalhes sobre a revisão das políticas, mas uma fonte do Departamento de Estado afirmou que ela inclui todas as ferramentas à disposição do governo americano.
– Estamos procurando aqueles que mais servem aos nossos interesses de apoiar a democracia em Cuba – acrescentou.
Grupos de exilados cubanos querem que o governo Bush adote medidas punitivas, como a proibição de envio de dinheiro e viagens à ilha. Outros sugerem ações como a doação de aparelhos de fax e o aumento das difusões de rádio e TV dos EUA para Cuba, como forma de promover uma abertura.
As remessas de dinheiro de cubanos nos EUA para seus parentes somam até US$ 1 bilhão por ano e são uma fonte vital de renda para muitos cubanos que sofrem os efeitos da crise econômica na ilha, iniciada com o colapso da União Soviética. Mas em nota oficial divulgada neste mês o governo cubano diz que "mais de quatro décadas de revolução demonstraram que nosso país é capaz de enfrentar qualquer ameaça e derrotar planos sinistros de todos os tipos".
As informações são da agência Reuters.
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