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Bush diz que Al-Qaeda foi enfraquecida, não inutilizada

O presidente George W. Bush preparou os norte-americanos neste sábado, dia 17, para uma prolongada guerra ao terror e para a possibilidade de novos ataques da Al Qaeda, que ele disse estar enfraquecida, mas "não inutilizada" depois das campanhas militares dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque.

Bush descreveu os ataques a bomba nesta semana na Arábia Saudita como uma "dura lembrança" da ameaça imposta pela rede liderada por Osama Bin Laden, que se esquivou de uma caçada global dos EUA e de seus aliados.

Agências de segurança norte-americanas coletaram sinais de que a Al-Qaeda estaria planejando mais ataques para breve. Autoridades dizem desconhecer onde a rede de Bin Laden pode atacar da próxima vez, mas há ameaças potenciais a alvos de interesses ocidentais na Arábia Saudita, Iraque, leste da África – incluindo o Quênia – e sudeste da Ásia, incluindo Indonésia e Malásia.

Na noite dessa sexta, ataques suicidas com bombas na maior cidade do Marrocos, Casablanca, mataram ao menos 39 pessoas e feriram outras 65. Entre os alvos estavam um centro judaico e um clube espanhol. Autoridades norte-americanas disseram que os ataques poderiam ter sido obra da Al-Qaeda, mas que ainda era cedo demais para determinar se o grupo estava envolvido.

Alguns democratas disseram que a decisão de Bush de derrubar o presidente Saddam Hussein do Iraque pode ter fortalecido a Al-Qaeda.

– Os inimigos da liberdade não estão inutilizados e nem o estamos nós – disse Bush em seu discurso semanal pelo rádio, no qual prestou homenagem aos soldados americanos, alguns dos quais "ainda enfrentam uma missão perigosa no Iraque e no Afeganistão", no Dia das Forças Armadas.

Bush disse que os Estados Unidos estavam tomando "medidas sem precedentes para defender a pátria", e estavam caçando suspeitos da Al-Qaeda em diversos países, do Paquistão às Filipinas.

A rede Al-Qaeda foi responsabilizada pelos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.

Bush reivindicou vários sucessos na sua guerra global ao terrorismo, incluindo a derrubada do Talibã do poder no Afeganistão. Ele estimou que cerca de metade dos principais operadores da Al-Qaeda foram presos ou mortos. Ele também garantiu que a guerra no Iraque tinha "removido aliados da Al-Qaeda, cortado fontes de financiamento terrorista e garantido que nenhuma rede terrorista vai obter armas de destruição em massa do regime de Saddam Hussein".

Os EUA ainda precisam prestar contas sobre as supostas armas químicas e biológicas de Saddam.

– Os ataques terroristas desta semana na Arábia Saudita, que mataram civis inocentes de mais de meia dúzia de países, inclusive o nosso, nos dão um lembrete duro de que a guerra ao terror continua –  disse Bush.

Homens-bomba atacaram condomínios em Riad que abrigavam estrangeiros, matando ao menos 34 pessoas, inclusive oito americanos.

– Nós continuaremos com nossa caça até trazê-los todos à Justiça – disse Bush sobre os líderes da Al-Qaeda.

 
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