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Para justificar o desenvolvimento de armas nucleares, a Coréia do Norte alegou nesta segunda, dia 9, que o programa atômico possibilitaria o corte das despesas com as forças convencionais. O investimento na economia, que estaria perto do colapso, foi outra desculpa do governo Pyongyang para explicar a necessidade de arsenais nucleares.
Não houve reação imediata dos Estados Unidos, Coréia do Sul ou Japão. Os três países já ofereceram ajuda se a Coréia do Norte desistir de seus planos nucleares.
– Não estamos tentando chantagear os outros, mas estamos tentando reduzir as armas convencionais e desviar nossos recursos humanos e monetários para o desenvolvimento econômico e para melhorar os padrões de vida do nosso povo – disse a agência oficial de notícias do país comunista, a KCNA.
Foi a primeira vez que Pyongyang relaciona seu programa atômico a cortes de suas forças militares convencionais e economia de dinheiro. A Coréia do Norte tem um dos maiores Exércitos do mundo, com 1,1 milhão de soldados, muitos deles na zona desmilitarizada que separa a península Coreana. Na Coréia do Sul, o ministro da Defesa, Cho Young-kil, afirmou ao Parlamento que pretende aumentar os gastos militares em 2004 como preparação para a o realinhamento das tropas norte-americanas no país. Cinco países devem se reunir para discutir a ambição nuclear da Coréia do Norte. O vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Richard Armitage, afirmou que o encontro deve ser realizado daqui a um ou dois meses. Armitage disse que as chances das negociações ocorrerem aumentaram porque o governo norte-coreano parece estar se opondo menos a esse tipo de encontro. Devem participar da reunião o Japão, a Coréia do Sul, os Estados Unidos, a China e a própria Coréia do Norte.As informações são da agência Reuters.
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