O mau tempo levou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a supender a marcha pela BR-392 em direção a São Sepé, no centro do Estado. Os agricultores sem-terra permanecerão estacionados por mais um dia no distrito de Vila Block, às margens da rodovia.

Ruralistas que têm como objetivo impedir a entrada dos integrantes do MST no município preparam barreiras nos acessos à cidade. Lideranças do movimento manifestaram a intenção de entregar panfletos à comunidade urbana sobre a reforma agrária.

A marcha do MST foi retomada na última sexta, dia 18. Os colonos pretendiam deixar o município de São Sepé e prosseguir mais 18 quilômetros na manhã de sábado em direção a São Gabriel, mas foram barrados por um grupo de produtores rurais no Viaduto da Várzea do Passo Verde, na BR-392. O impasse seguiu até a madrugada de segunda, dia 21, e o fim do conflito, conquistado após a liberação da passagem pelos produtores rurais, ocorreu devido ao comprometimento de Brigada Militar de escoltar a marcha dos agricultores.

Nessa terça, a Justiça aceitou o pedido de interdito proibitório encaminhado pela prefeitura de São Sepé e pela Cooperativa Tritícula Sepense. A decisão foi tomada em audiência conjunta entre a juíza do município Márcia Inês Escobar e representantes do MST e da administração municipal. Em caso de descumprimento do acordo judicial, a multa diária será de R$ 5 mil.

Os agricultores estão proibidos de invadirem vias, praças e prédios públicos. Em São Gabriel, destino da marcha dos sem-terra, a prefeitura também obteve interdito proibitório.

Com informações da Rádio Gaúcha.