| 25/07/2003 21h
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, declarou que atitudes que possam quebrar a legalidade serão reprimidas com severidade. Em visita a Porto Alegre nesta sexta, dia 25, ele condenou as declarações do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, que classificou os ruralistas como "inimigos a serem destruídos".
– O governo se pauta pelo estado de direito democrático e não vai permitir transgressão nem infração à lei, seja de que lado for. Uma coisa é falar, outra é agir. O governo vai endurecer sua posição e não admitirá nenhum tipo de ato que possa transgredir as veredas da legalidade – disse.
O ministro participou, em Porto Alegre, da reunião do Gabinete de Gestão Integrada da Agência Regional (RS) da Secretaria Nacional de Segurança Pública, na qual o tema principal foi os conflitos rurais. Durante o encontro, lembrou que dentro da lei é possível lutar contra as carências e pela inclusão social, mas advertiu que fora da lei, não será admitido.
Thomaz Bastos disse que não falava apenas em nome do Ministério da Justiça, mas do governo e informou que estava autorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazê-lo. Para o ministro, o governo perderia a sua possibilidade de existência lógica se admitisse a quebra do estado de direito.
Outros integrantes do governo federal também criticaram as declarações de Stédile, afirmando que as palavras do coordenador do MST incitam a violência contra fazendeiros. O secretário do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro, disse que o governo não aceitará manifestações que afrontem o estado democrático de direito. Com informações da Agência Brasil.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul recebeu, na tarde desta sexta, uma fita com a gravação do discurso feito por Stédile na última quarta, em Canguçu, na região sul do Rio Grande do Sul. Segundo o subprocurador-geral de Justiça, Antônio Carlos de Avelar Bastos, a gravação será analisada na próxima semana. Avelar disse que o objetivo é verificar se o líder nacional do MST incitou ou fez apologia ao crime.
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