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 | 02/10/2003 10h22min

Líder de ataques em Bali é condenado à morte por fuzilamento

Um tribunal da Indonésia condenou à morte na quinta, dia 2, o homem que comandou os ataques em casas noturnas de Bali, encerrando os julgamentos dos quatro principais acusados no caso quase um ano depois da atrocidade. O militante islâmico conhecido como Mukhlas gritou "Allahu Akbar'' (Deus é grande) quando o veredicto foi anunciado. Ele disse que apelará.

– Declaramos por meio desta que foi provado que o acusado é legalmente e convincentemente culpado de planejar coletivamente crimes de terrorismo e de (ter) posse da armas de fogo sem permissão. Impomos a pena de morte –, sentenciou o juiz Tjokorda Rai Suamba.

Mukhlas, ou Ali Gufron, é o quarto importante suspeito condenado pelos ataques de 12 de outubro e o terceiro a receber a pena de morte por um pelotão de fuzilamento. Ele foi acusado de responsabilidade geral pelas explosões que mataram 202 pessoas, em sua maioria turistas, que se divertiam em bares e boates. Mukhlas manteve uma postura desafiadora durante todo o julgamento e recusou-se a cooperar com os investigadores, o que irritou sobreviventes e parentes de vítimas.

Vestido com camisa muçulmana cinza e calça escura, ele sorriu para os repórteres ao ser escoltado por policiais armados após desembarcar de um veículo blindado no início da sessão.

– O veredicto manda outro forte sinal aos terroristas de que a comunidade internacional não ficará parada e não permitirá que ataquem com impunidade –, disse em Canberra um porta-voz do ministro das Relações Exteriores australiano Alexander Downer. Oitenta e oito australianos morreram nos ataques de Bali.

Outros dois suspeitos, Amrozi, irmão mais novo de Mukhlas, e Samudra, também foram condenados à morte. Um terceiro irmão, Ali Imron, foi condenado à prisão perpétua após cooperar com as autoridades, demonstrar remorso e pedir para que parentes e amigos não repetissem seus atos.

Dezessete pessoas já foram condenadas pelos ataques em Bali e outras 30 estão sendo julgadas por envolvimento. Hamzah Baya foi condenado, em um julgamento separado na quinta, dia 2, a seis anos de prisão por ter escondido Imron em sua casa depois das explosões.

Jacarta também quer julgar um religioso chamado Hambali pelos ataques de Bali. Ele foi preso na Tailândia em agosto e está sob custódia norte-americana. A Indonésia culpa o Jemaah Islamiah pelos atentados. O grupo tem ligação com a rede Al-Qaeda, de Osama bin Laden.

Com informações da agência Reuters.

 
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