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A escalada de protestos violentos na Bolívia elevou para 53 o número de mortos nesta terça, dia 14, e forçou moradores apavorados a se trancarem em casa. Pelo menos um trabalhador morreu no bairro de El Alto, segundo um grupo de defesa dos direitos humanos. Milhares de manifestantes, de cultivadores de coca a motoristas de ônibus, protestavam contra medidas do governo.
O presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, que vem ignorando as crescentes pressões para que renuncie, se reuniu com seus principais aliados a fim de assegurar seu apoio. Dezenas de tanques cercaram o palácio, e, a alguns quarteirões de distâncias, manifestantes gritavam ameaças de morte a ele.
A capital do país, La Paz, vem sofrendo com os protestos há semanas. Pelo menos 14 pessoas foram mortas na segunda, dia 13, de acordo com a Assembléia Permanente de Direitos Humanos da Bolívia, que fez a estimativa baseada em dados dos hospitais.
A vida na cidade foi paralisada novamente na terça, com o bloqueio das principais vias e cruzamentos. Três bebês morreram num hospital de La Paz por causa da falta de oxigênio, que não chegou ao local, disseram médicos na terça.
Os protestos foram iniciados pela maioria indígena da Bolívia, que acusa o governo de Lozada de se submeter à política antidrogas dos Estados Unidos e de não conseguir tirar o país da estagnação econômica que já dura 20 anos.
As informações são da Agência Reuters.
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