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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, causou comoção em sua primeira visita à Austrália nesta quinta, dia 23. Além de ter sido interrompido durante seu discurso no parlamento da Austrália por um político do Partido Verde, Bush foi vaiado por cerca de 2 mil manifestantes do lado de fora do prédio. No pronunciamento, ele defendeu a invasão do Iraque e a guerra ao terror.
Finalizando uma visita a seis países da Ásia, Bush defendeu que as duas nações, aliadas em duas guerras mundiais e no Vietnã, tinham uma responsabilidade especial no Pacífico para ajudar na manutenção da paz, e relembrou os atentados de outubro de 2002 em Bali, onde morreram 202 pessoas, muitas das quais australianos.
– A segurança na região da Ásia-Pacífico sempre dependerá da vontade dos países de assumir a responsabilidade por sua vizinhança, como a Austrália está fazendo.
Ao classificar a Austrália como um "xerife'' regional,
entretanto, o presidente irritou um político do
Partido Verde, que interrompeu o discurso.
– Não somos um xerife – gritou o líder dos Verdes, Bob Brown, que ignorou uma ordem para deixar a casa.
A interferência não desanimou Bush, que respondeu: "Amo a liberdade de expressão'', e foi aplaudido pelos legisladores. Ele ainda agradeceu ao primeiro-ministro conservador da Austrália, John Howard, pela ajuda na guerra liderada pelos EUA ao terror e no Iraque.
Do lado de fora do Parlamento, mais de duas mil pessoas gritavam palavras de ordem contra os Estados Unidos e portavam cartazes com a frase "Yankee Go Home". A polícia afirmou que o protesto foi pacífico em geral, mas cinco manifestantes foram presos.
A Austrália foi um dos primeiros países a enviar tropas ao Iraque, mobilizando dois mil militares, e vem sendo parceira dos EUA na guerra ao terrorismo. O país também enviou tropas ao Afeganistão após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra cidades dos EUA. Antes de deixar a
Austrália, Bush visitou o Memorial de Guerra
Australiano, onde depositou flores em memória de um soldado de elite do país morto no Afeganistão.
Com informações da agência Reuters.
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